quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Saudade é comum demais

muito simples quase insuportável

se sentir no automático bastando

que o completo esteja faltando..

é longe demais essa distância

ao mesmo tempo os corações

tão perto fazem com que

os sons se confundam

num barulho suave

como querendo falar..já volto..é breve..

tem que se suportar

era previsto antes de tudo

antes do paraíso se firmar

como não é de se imaginar

que essa sensação dolorida

não queira se aproximar?

como tudo na vida..

naõ seria diferente

ganha-se perde-se

ama-se sofre-se

sorrisos e choros

são melodias ao povo

quando do aperto ao peito

sente-se imagina-se movimenta-se

saudades...muitas saudades

saudades daquela criança

que fui um dia

daquela menina cheia de vida

que ainda hoje habita

discretamente minha alma

saudades dos momentos

instantes vividos em família

perto de pessoas de aconchego

onde a segurança se tinha

de tudo..de todos..

numa só harmonia..num só vilarejo

os movimentos..as correrias..

as lutas existenciais que ao nosso encontro

atropelam causando tantos desencontros

nos fazem sentir o amargo gosto

de saudade do antes do instante..

onde era-se tão feliz..

e não sabia...

porisso tento conviver com ela

saudade minha...

companheira inseparável

que balbucia aos meus ouvidos

fazendo com que valorize ainda

mais e mais as pessoas..

minha vida..a natureza..

o instante..o momento

como numa grande orquestra

onde o maestro desperta

a saudade no violino

das mãos que o tocava

naquela época..doce música..

saudosa melodia...

queria se viver simplesmente

amar incondicionalmente

ser forte..ser previsível ..

ser complexo de ser humano

maravilhoso estar se amando

porisso tudo vale mesmo que seja

para de vez em quando

sentir isso no peito..meio aperto...meio silêncio

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