terça-feira, 22 de março de 2011
rodopio
Enquanto dança
A bailarina canta
Com suas asas aos pés
vai flutuando em sons
sonhando em ser tão livre
colorindo as nuvens
embalando vidas
aproximando mundos
num equilíbrio ao corpo
harmonizando as mentes
imaginando seres
vivendo em plenitude
aquele rodopio
naquele instante
ausente
onde ela foi feliz
pra sempre...
sábado, 19 de março de 2011
seu tempo
O medo que temos na vida
acompanha em fases seguidas
De crianças em largos sorrisos
Até crescidos a tímidos carinhos
Olhares puros, pequenos se cruzam
Vivendo amor de um modo seguro
Na inocência de sentir melodia
Ao pular do coração num segundo
É simples demais o momento
Só pede agirmos sem medo
Entregando de mãos estendidas
O amor que aperta o peito
Se ao final lá na frente pensante
Recordações tiveres ao leito
Docemente sentirás o perfume
Que um dia eternizou o seu tempo
quarta-feira, 16 de março de 2011
Lição ao contrário
Saber dar graças
nos momentos de dor
Sangra o corpo
Salva a alma
De tamanha força
De imenso dom
Pelo mistério divino
De estar tão vivo
Participando ao instante
Cumprindo a missão
Que de pequena é imensa
Aos olhos do coração
A natureza sofre
As dores do parto
Respeitem a vida
Sinal de acolhida
Unindo aos coros
De homens tão sábios
Façamos da dor
Lição ao contrário
renascendo no amor
como filhos amados
terça-feira, 15 de março de 2011
lágrimas
A poesia da vida
Está em todo lugar
Basta um olhar sorridente
Um abraço apertado
Um muito obrigado
Para o sorriso brotar
Como rosa em jardim
Tão cheio de cores
Em poemas de amores
No feliz recordar
Nesse alegre contagio
De braço em abraço
Mais poemas espalham
Como chuva a beijar
As almas caridosas
Que doam suas vidas
Escrevendo a poesia
Do amor sem medida
De um ato solidário
De pessoas que salvam
na coragem escrita em prosa
Eternizada em poesia
segunda-feira, 14 de março de 2011
Maturidade infantil
As lágrimas ensinam ao mundo
Que o breve estar nesse palco
Precisa ser encarado
Com maturidade infantil
Que ao simples não de seus pais
Respeitam o sinal de perigo
Afastam o céu cinzentado
Criando harmonia ao azul
Tragédias aos dias derramam
Aos olhos daqueles que amam
A dor da impotência que vivem
Ao olhar do semelhante que sonha
Por uma vida tão simples em
Tempos de angústias que brotam
Lágrimas humanas em anjos
Que choram seus entes queridos
sexta-feira, 11 de março de 2011
tsunami
Sinais dos tempos
Vindo da natureza
Em sua grandeza
Revelando a força
Que tem nas ondas
Levando os sonhos
De tanta gente
Tão inocente
Ao tremer da terra
Assustada ao ventre
Equilíbrio ausente
Discernindo fatos
Futuro tão ingrato
Acordem ao presente
Ainda há tempo
De um segundo ato
marca de uma tragédia no japão:11/03/2011
terça-feira, 8 de março de 2011
Vida sedenta
Chegadas e partidas
fluindo pela vida
Escapando nos vãos inseguros
De sentimentos profundos
De amor e alegria
Sendo como a água vital
Essencial para tal
Ser que de límpida e clara
Absorvendo as formas
Harmoniosas ou não
Transmitem sinais que recebem
Sempre do coração
Portanto cuidado na fala
Que brota de sua alma
Reafirmando a certeza
De toda uma vida sedenta
De justiça , carinho e atenção
Sendo entendida ou não
Seres que amam
Falar da mulher
De ser emoção
Seria tão simples
Pois sou uma delas
Bastaria ao olhar
Sentir a criança
Que reina no ser
Que teima na dança
Fazer de seus passos
Perfeitos caminhos
Bastando segui-los
Pra entender um sorriso
Que ao fundo de tudo
Impera no mundo
Maternal existênciaDe seres que amam
Acima de tudo
segunda-feira, 7 de março de 2011
o romance
Como num conto de fadas
Dentro de certo baú
Ao som da chuva lá fora
Certa menina recorda
Seu passado distante
Sem brinquedos à frente
numa voz já presente
determinando seu tempo
longo ao pensamento
que acompanhou seu momento
pelos caminhos dançantes
imagens de príncipes e damas
longevidade ao vento,
revivendo o instante
de plena essência do ventre
sem contagiar pela dor
valorizando o amor
sendo pleno o romance
domingo, 6 de março de 2011
vermelho
Pelo mundo
Enquanto uns dançam
Outros choram
Outros encantam
Outros lutam
Ao seu modo
Sobrevivência
Sendo foco
De seus passos
Pelas praças
Tão desertas
Na multidão
Que por carências
Gritam mudas
Por um pouco
De atenção
Pela vida
De amargura
Na correria de um tempo
Onde a ilusão é imposta
Como bandeira à frente
Pra ser feliz, não importa
sábado, 5 de março de 2011
o laço e a dor
Abraço , laço, fracasso
ao passo de cada compasso
vivendo à sombra do fato
do fardo ser muito pesado
Talvez seja só pesadelo
que sinais de vida prevejo
talvez ao reflexo da dor
enxergue amor desse jeito
O corpo reflete o medo
Na alma infantil de tal ser
Coragem não tema a vida
É só um instante, vai ver
Juntando ao tanto sentir
escuto a chuva cair
e vejo no sorriso das plantas
o reflexo do humano existir
sexta-feira, 4 de março de 2011
única
Quando o silêncio diz tudo
Que o coração quer falar
Quando a alma se acalma
em asas para voar
Continuando a canção
que o corpo um dia dançou
Desvendando mistérios
Que aquela menina
um dia sonhou
refazendo seus passos
deixados em laços
que sempre abraçou
sinal que os anjos em cores
ao som de suas harpas
se alegram em longos
sorrisos de amor
quarta-feira, 2 de março de 2011
o corredor e a vida
Seria possível uma estrela
Na noite serena ao brilhar
Que a vida ali acolhida
Pedisse aos céus pra ficar
Primeira a ser recebida
Aos braços que abrem na cruz
Seria tão breve a partida
Minutos eternos de luz
Confusa na dor que sentia
Era a mãe com a filha
ao corredor tão sozinhas
o silêncio ali a vagar
Às preces gritando unidas
Minutos antes da vida
Do tempo do útero materno
Ao Colo da Virgem Maria
Assinar:
Postagens (Atom)