quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Recordar

Recordar é lançar-se
Ao passado e deslumbrar
Sentimentos que ainda insistem
Em conosco viajar

Certas dores já vividas
Lá ficaram em cartilhas
Ensinando desde a infância
A importância da família

Algumas lágrimas corridas
Hoje são agradecidas
Pois lavaram nossas almas
De ilusões já tão sofridas

Situações inusitadas
Com sabor da ingenuidade
Hoje trazem o sorriso
Ao coração que ainda bate

E olhando para a alma
Outra alma reconhece
A imensidão da vida
Na alegria de uma prece!

Mesmos ciclos

Um longo abraço foi pouco
Pra muitos sonhos de outono
Da primavera da infância
Ao aconchego do inverno
Passando na juventude
Por um verão de afetos

Uma ciranda, um mistério
Vivido por tantos seres
Que em diferentes caminhos
Passam pelos mesmos ciclos
Tornando-se um só corpo
Na imensidão do infinito!

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Quero a paz!

Quero a paz
Quero passagem
Quero viver
Em liberdade

Quero a paz
Quero esperança
Quero a vida
Em abundância

Quero a paz
Quero exalar
Quero uma rosa
Para ofertar

Quero a paz
Quero doar
Quero o amor
Pra nos guiar!

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Escadas

Subindo uma escada
Reflito a jornada
De altos e baixos
Que a vida prepara

Quando avançamos
Na luta diária
Tentando alcançar
O que um dia sonhamos

E às vezes subindo
Nem sempre encontramos
O sonho tão lindo
Que imaginamos

E quando descemos
Frustrados ficamos
E nem percebemos
Que recomeçamos

E assim nós seguimos
Descendo ou subindo
 Agradecendo sorrindo
Como crianças brincando!

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Um sopro de esperança

Um sopro do vento
Falou-me de uma criança
Que não entendendo a dor
Suplicou por esperança

 “Quando eu morrer
Vou contar tudo pra Deus!”

Refletindo as palavras
Ajoelhei-me em oração
Pedindo a misericórdia
Para humanidade o perdão

E fiquei a imaginar
A conversa do amor
Pois a criança partiu
Para os Braços do Salvador!

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Ricos na pobreza

Pobres de quê?
De palavras de conforto
De um olhar acolhedor
De um sorriso que anima
E aproxima do Criador

Pobres de quê?
De esperança em dias melhores
De luz perante a escuridão
De lágrimas a escorrer pelos olhos
Ao enxergar a dor de um irmão

Pobres na existência
No conforto das circunstâncias
Ricos na essência
Despidos de orgulho
Vida em abundância!

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Equilíbrio

Qual será o meu limite?
Até onde posso ir?
Ou melhor, devo.
Como venço o medo
Pra alcançar discernimento?

Segue o silêncio
Ao fundo escuto uma criança
Que ainda teima pular na cama

Respeito
Suspiro
Encanto-me!
Sorrindo, sigo em frente.

Para entender a vida
Basta o equilíbrio
Entre a alegria
e algum conflito
Impulsionando-nos
ao desconhecido
Vai revelando com a fé
Nosso destino!

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Relíquias de luz

Ficou lá por um instante
Acariciando seus nomes
O pensamento tão longe
Eram escritos agora
E não mais sorriam
Eram relíquias de luz
Iluminando o vazio
Gestos, palavras, conselhos,
Lágrimas, sonhos, anseios,
Vozes em movimento
Vidas num eco do vento
Ficou lá por mais um tempo
Voltando ao seu momento
Enquanto a gratidão entoava
Sua alma acalmou-se e sorriu
Retornando pra casa repleta
Do amor que um dia sentiu

domingo, 14 de agosto de 2016

Tios

Basta só um minuto
Pra tudo mudar
E com olhos da alma
Fico a recordar
Tudo se mistura
Do sorrir ao chorar
Como se a infância
Viesse me visitar
Eram rostos de afeto
Apoio sem par
Eram ímpar em gestos
De amor dedicar
Hoje vejo que tive
A honra de conviver
Com o exemplo de tantos
Que me fizeram crescer
Tios que eram pais
No modo de acolher
E que ficaram marcados
Pra sempre no meu viver!




sábado, 13 de agosto de 2016

Onde

Onde faltam as palavras
A fé vem e abraça
Onde sobra a solidão
O escutar conforta
Onde falta a esperança
A oração acalma
Onde sobra muito amor
É onde Deus se Instala!

Onde falta a alegria
A criança ensina
Onde sobram lágrimas antigas
O perdão liberta
Onde falta humanidade
Nossa alma grita
Onde sobra muita paz
A vida se confirma!

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Amor inimaginável

Foi assim como contaram
Para que fosse revelado
Todo amor inimaginável
Por todos sem distinção

Foi assim como contaram
Que a cruz veio embalar
Seu cordeiro imolado
Para a glória enfim reinar

Foi assim como contaram
Entre dores tão sofridas
A forma humana divina
Só queria dar boas vindas
Ao eterno resgatar

Foi assim como contaram
Obediente até o fim
Conquistou-nos o infinito
Para o final não existir!

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Meus ais

Ai se eu soubesse escutar
 O que as flores têm a falar
Ai se eu soubesse escrever
Tudo o que tenho a dizer
Ai seu eu soubesse enxergar
Tudo o que a vida nos dá
Seriam poucas as lágrimas
A invadir meu pensar

Ai se eu soubesse na infância
Tudo o que iria passar
Ai seu soubesse nos sonhos
Como seria voar
Ai se eu soubesse ao olhar
Todo carinho doar
Seria o tempo infinito
Na existência do amar

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Saciando as saudades

Sinto o aroma do alimento
E me vem o pensamento
Da família toda unida
Na alegria da partilha
Do querer estar tão perto
De todos ao mesmo tempo
Escutando as novidades
Saciando as saudades

Surgindo ao final da prosa
Entre olhares afetuosos
Tanto abraço e acolhimento
De onde surgem os batimentos
Que serão fortalecidos
Nas lembranças destes dias
Pois sempre levam consigo
O amor de sua família!

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Ecos

Era rotina todos os dias
Nos encontros e despedidas
Era fácil a melodia
Entre sons e acolhidas
Era tudo tão misturado
Algumas falas e cantorias
Que preenchiam certo vazio
Que hoje o eco lembra e inspira

Era um lugar pequeno e apertado
Mas enorme por ser amado
Era presente que já é passado
Sinalizando o tempo escasso
Era a vida abrindo espaços
Entre olhares tão cativados
Era talvez uma despedida
Mas preferiu voar como um pássaro!

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Memória

Cada olhar é um retrato
na memória
Cada encontro vai contando
a sua história
Cada sorriso extrai da lágrima
a saudade
Que brota dentro do coração
que ainda bate

Cada suspiro de um abraço
revela a alma
Cada verdade dita em gestos
acalma a fala
Cada mistério em seu momento
é desafio
E a vida segue na fé que rege
tantos destinos