
Figura genuína
Atenta a cada olhar
Segura e pequeninha
Acolhe sem pensar
Parece colorida
Parece suspirar
A cada olhar materno
Ama sem cessar
Adere a cada ser
Adere a sua forma
Acolhe sem saber
Da onde vem a calma
Ao inverso fica triste
Carente a chorar
Pois sente tão somente
A água lhe tocar
Suporta o sofrimento
Pra si e não se importa
Renasce a cada gota
De lágrima que esgota

Para crescer
É importante vencer
Superar obstáculos
Íntimos do ser
Para crescer
Basta esticar
a compreensão
ao outro alcançar
para crescer
é fato esquecer
o passado rever
e viver sem querer
para crescer
enfim é talento
é olhar pra criança
enfrentando seus medos

Saúde ao meu povo
Dignidade, consolo
Sofrimento ao rosto
De tantos, de todos
Daqueles que choram
Daqueles que sentem
Daqueles pequenos
Envoltos descrentes
De ver ao semblante
no enxergar ofegante
Sinais de cansaço
De água, de abraço
É vida pulsante
É alma que roga
Em tempos difíceis
Clamamos por rosas

Pra frente
Pra atrás
Ao lado
Dois passos
Girando
Cantando
Sorrindo
Disfarço
Em frente
Vou sempre
Rezando
Carente
Desejo
Ardente
Seguindo
A criança
Que teima
Falante
Certeza
Incerta
De ser
Gente
grande

seria alegre
seria rosa
seria leve
seria prosa
seria tudo
seria alma
seria seiva
seria calma
seria vida
seria breve
seria verso
seria valsa
mas fora eterno
nasceram asas
pelos pezinhos
voou pra casa

Qual o segredo
Que trago ao peito
Que faz bater forte
O meu coração
Qual a razão
Do meu sofrimento
Da lágrima que escorre
De tanta emoção
Qual a certeza
Que temos na vida
Senão de doarmos
Amor sem medida
Qual a valia
Da minha partida
Se não semeada
Na simples poesia
Qual o sentido
De rimas e risos
Na fé de criança
Aprendo sorrindo

Aquele perfume
Tão forte ao sentir
Querendo abraçar
Pra se despedir
Aquele perfume
Que marca o instante
De quem sempre quis
Sorrir ao semblante
Aquele perfume
Da onde viria
Levando tristezas
Trazendo alegrias
Aquele perfume
Aquele caminho
Tão novo e sublime
Eterno destino